Relatório de Prática de Regência
Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano
Aluna: Raquel Barbosa Lopes
Sumário
Introdução
1. Observação/Planejamento
2. Prática/Regência
3. Avaliação
Considerações Finais
Anexos
Anexo 01 - Conteúdo programático de História da 2ª série do Ensino Médio
Anexo 02 – Primeiro Plano de Aula
Anexo 03 – Segundo Plano de Aula
Anexo 04 – Terceiro Plano de Aula
Anexo 05 – Quarto Plano de Aula
Anexo 06 – Quinto Plano de Aula
Anexo 07 - Avaliação da IV Unidade
Introdução
As páginas que se seguem buscam relatar as minhas experiências vividas como professora-estagiária na Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano, localizado na Rua do Hospício, nº 371, no bairro da Boa vista, na única turma noturna do 2º ano do Ensino Médio. É interessante frisar que esta escola já havia sido objeto de observação na disciplina Prática de Ensino de História I, regida pelo professor David Cavalcante, no segundo semestre de 2009. No meu primeiro relatório, constam a caracterização da escola e as interações sociais na sala de aula. Na caracterização da escola foram apreciados os seguintes pontos: a história da instituição; o motivo que influenciou a escolha da escola; a localização; a estrutura física; o corpo administrativo, docente e discente; e o Projeto Político Pedagógico. Já a observação de alguns grupos-classe, tornou possível a exposição de considerações acerca das interações sociais na sala de aula.
A disciplina Prática de Ensino de História II, regida pela professora Adriana Maria P. Silva, tem o intuito de fazer com que os formandos do curso de licenciatura tenham um contato com a prática docente, transpondo-se um pouco do mundo teórico da Universidade. Infelizmente, de acordo com o cronograma acadêmico, só no final dos cursos de licenciatura é que os alunos se vêem “obrigados” a partir para o mundo da regência. Até porque se subentende que a esta altura da vida acadêmica é que o aluno estaria preparado para a regência, o que não deixa de ter sentido. Pois, primeiramente, são apresentadas as disciplinas ditas obrigatórias para o currículo e, depois, as disciplinas de formação profissional, que para o curso de História pode ser enveredado para a licenciatura e/ou o bacharelado. Outra modesta crítica que gostaria de fazer, se refere à distância entre o que nos é passado nas disciplinas de licenciatura e a realidade do mundo externo da universidade, ou seja, da realidade da prática docente. Por mais “preparado” teoricamente, o mundo externo para o professor é algo inusitado, pois lidamos com pessoas e situações adversas.
Não posso fazer uma crítica abrangente sobre a realidade das escolas públicas, até porque só tenho a vivencia prática em uma escola, que, por sinal, é considerada de referência. Porém, percebi muitas deficiências no que se refere ao ensino/aprendizado. A turma escolhida como grupo-classe, quando comparada com a outra turma noturna da escola, possuía bons alunos, entretanto parece que os mesmos estão acostumados a não fazer atividades, a não participar de aulas mais interativas, enfim, parece que há certo espírito de comodismo. Tal fato vai ficar mais evidente ao longo do relatório.
Para elaborar este trabalho, resolvi construí-lo a partir de três pontos-chave. No primeiro ponto, Observação/Planejamento, faço uma descrição de alguns aspectos percebidos da turma no contato pré-docência, bem como a forma de como planejei as aulas; no segundo ponto, Prática/Regência, explano sobre como foi cada encontro com a turma como professora; no terceiro e último ponto, Avaliação, relato sobre como fiz a avaliação dos alunos e de como o professor-orientador conduziu minha avaliação, bem como o fato de não ter conseguido a opinião dos meus alunos sobre as aulas, fato que me causaria uma grande satisfação, pois seria o momento mais rico do estágio, mesmo que o que fosse dito por eles fosse divergente das expectativas criadas por mim.
1. Observação/Planejamento
A turma do 2º ano “J” até a data de início do estágio, já havia tido um professor, que teve que se ausentar por motivos pessoais. O professor orientador, João Alves Bezerra, assumiu a turma, poucos dias antes de eu começar a observação do grupo-classe. As aulas de história ocorreram no segundo e terceiro horários das segundas-feiras.
Iniciei as observações do grupo-classe no final da III unidade. No primeiro encontro, que ocorreu no dia 13/set./2010, quando o professor me apresentou a turma e explicou o motivo da minha presença, perguntei se eles gostavam de história. Responderam que sim, e que o professor anterior era “legal”, porém só fazia “enrolar”, pois ficava “batendo papo” e não dava a matéria. Fiz uma breve apresentação e disse que continuaria com eles até o final da IV unidade.
Antes de começar a reger as aulas de História, observei a turma por mais um dia, 20/set./2010. Percebi que na turma só freqüentavam, assiduamente, 11 alunos, em média. Além disso, todos disseram que trabalhavam ou estagiavam durante o dia. De modo geral, é uma turma de alunos interessados, afirmo isso porque fora do meu horário de estágio, ou seja, do meu horário registrado na Ficha de Freqüência, presenciei algumas aulas na turma noturna do 3º “H”, cujos alunos apesar de serem da mesma faixa etária do 2º “J”, apresentavam uma postura, em sala de aula, totalmente diferente, muitos eram desinteressados, conversavam exaustivamente, enfim, uma turma difícil de ser regida.
O planejamento das aulas foi feito de acordo com o conteúdo programático da escola, porém, devido ao aperto no calendário escolar, ocasionado por vários feriados e contratempos, como falta de água e dias em que os alunos não compareceram à escola, não foi possível abordar todos os pontos previstos. O professor orientador me deixou livre para fazer uma triagem do que seria mais essencial para os alunos. No Anexo 01 é possível observar todo o conteúdo programático da disciplina direcionado para o grupo-classe escolhido.
Para o embasamento teórico das aulas, fiz uso de duas aquisições recentes, 1808, de Laurentino Gomes, da Editora Planeta, 2007 e 1822, também de Laurentino Gomes, da Editora Nova Fronteira, 2010; do livro didático da escola, A escrita da história, de Flavio Campos e Renan Garcia Miranda, da Editora Escala Educacional, 2005; de textos da internet; e das várias conversas com os outros colegas da área.
2. Prática/Regência
O início da 4ª unidade estava previsto para o mês de outubro, porém houve um considerável atraso para o término da unidade anterior.
· 27/set./2010 – a escola fechou as portas por falta de água.
· 04/out./2010 – a escola fechou as portas por falta de água, segundo o calendário escolar, seria a data de início da 4ª unidade.
· 11/out./2010 – imprensado, véspera de feriado.
· 18/out./2010 – fui para a escola, porém os alunos não foram.
· 25/out./2010 – feriado antecipado do servidor público.
· 01/nov./2010 – véspera de feriado.
Depois de tantos contratempos, consegui iniciar a regência no dia 08/nov./2010. A primeira aula foi de muita expectativa para mim, pois nunca havia experimentado a prática docente. Acredito que tive um bom desempenho e consegui expor o assunto de modo claro e didático. Usei o final do tempo da aula para retomar o assunto e pontuar os trechos fundamentais. Fiz alguns questionamentos sobre a aula e ditei pontos básicos do assunto para que os mesmos registrassem algo no caderno. (Ver Anexo 02).
A segunda aula ocorreu no dia 16/nov./2010. Neste dia resolvi levar um texto sobre a república pernambucana. Logo de início notei que os alunos não tinham gostado muito da idéia de ler um texto com 09 páginas. Mas expliquei que se tratava de um texto de linguagem jornalística, simples e agradável de ser lido. Daí, pedi que alguns voluntariamente fossem lendo e ao longo da leitura fiz interferências para explicar o conteúdo e avisar para que eles grifassem os trechos importantes. No final da leitura perguntei o que eles acharam do que haviam lido e fiz perguntas relacionadas ao conteúdo exposto. Apesar da resistência inicial, foi uma boa aula. (Ver Anexo 03).
No terceiro dia de regência, 22/nov./2010, me senti frustrada. Pois pensei que seria uma das melhores aulas, onde faríamos um debate para comentar a questão da independência e a construção da primeira constituinte. Distribuí um texto com trechos da Constituição de 1824 e pedi para cada um ler um trecho para comentar depois. Dei alguns minutos, quando indaguei o que acharam eles simplesmente não quiseram comentar nada, nem tentando conduzir o assunto obtive resultado. Então desisti do debate e prossegui com a exposição do conteúdo. No fim da aula, achando estranha a atitude deles, perguntei se estava havendo algo, então eles comentaram que iriam ter prova de português no próximo horário, então compreendi a situação. (Ver Anexo 04).
A quarta aula, que ocorreu no dia 29/nov./2010, foi sobre o Segundo Reinado. Aproveitei para fazer uma revisão da aula anterior e dar continuidade ao período monárquico no Brasil. Mesmo sendo uma aula expositiva com um assunto vasto, percebi que os alunos gostaram e participaram da aula. Foi neste dia também que tentamos implantar o nosso projeto de intervenção levando os alunos do 3º ano “H”, no segundo horário, para acessar o blog que criamos na sala de informática (mais detalhes no relatório do projeto de intervenção). Além disso, o professor orientador me indagou sobre a possibilidade, de no dia seguinte, comparecer em seu lugar para dar aula no horário destinado a outra disciplina, pois o mesmo teria um contratempo e não poderia estar presente na escola. Respondi que seria ótimo, pois poderia fazer uma revisão dos assuntos antes da data destinada para a avaliação da unidade. (Ver Anexo 05).
A quinta aula, que ocorreu no dia 30/nov./2010, foi destinada para fazer uma revisão geral. Mas, os alunos só queriam saber o que seria cobrado na avaliação da unidade. Então, explanei o que seria cobrado, perguntei se os alunos tinham alguma dúvida e procurei saber sobre a situação das notas de cada um. (Ver anexo 06).
Mesmo com poucos encontros, gostei muito da experiência obtida. Percebi o quanto é trabalhosa a organização de um plano de aula e de como nossas expectativas com relação a cada aula pode ser diferente do que faremos no ato da regência. Depende muito de como conduzimos e de como somos conduzidos pelos alunos, sim, os alunos também “regem” a aula. Não é só o professor o responsável pelo que será conversado nos encontros. Cada encontro possui um “clima” diferente. Na maior parte dos dias senti a sensação de que havia cumprido minha tarefa, de expor o assunto e ser compreendida pelos alunos, além de conseguir que eles participassem da aula.
3. Avaliação
Fazer a avaliação do grupo-classe foi uma das tarefas mais delicadas dessa minha experiência. Dois fatores contribuíram para essa constatação. Um deles foi o fato de a turma já ter passado pelas mãos de outros dois professores. O segundo foi devido aos contratempos que diminuíram consideravelmente a carga horária com a classe.
Para a composição da nota da unidade solicitei um exercício, valendo 02 pontos, e uma prova, que corresponderia aos 08 pontos restantes. (Ver Anexo 07). Na correção do exercício percebi que, infelizmente, quase todos seguiram a tática de copiar e colar da internet. Mais absurdo ainda é que tive que considerar o “esforço” feito nesses trabalhos, pois senão haveria muitas notas baixas. Na correção, resolvi apenas colocar uma breve observação: “da próxima vez, tente interpretar as informações”.
Como não os acompanhei desde o início do ano letivo, não me senti à vontade para julgá-los com rigor, até porque eu não era a professora efetiva da turma e, também, pelo fato de ser final de ano. Minha intenção, em nenhum momento, foi de prejudicar os alunos. Eles mesmos já são muito prejudicados pela própria forma em que o sistema de ensino caminha.
Dos 11 alunos freqüentes, 05 deles ainda conseguiram ficar com a média abaixo de 6,0. Os outros obtiveram boas médias. Esse quadro pode ser explicado devido ao fato de alguns não terem entregado os trabalhos ou de não terem feito a prova da unidade a tempo de fecharem as médias na caderneta. Tive total liberdade para decidir o que seria cobrado no trabalho e na avaliação, e, também, de atribuir a pontuação para cada uma dessas atividades. Acredito ter sido mais do que justa no meu julgamento.
Quanto a minha avaliação como professora, segue em anexo as Fichas de Avaliação da Regência em que o professor-orientador faz uma análise de cada aula. Essas fichas são padronizadas e foram entregues pela professora da disciplina. Não foi possível obter o julgamento feito pelos meus alunos, pois muitos deixaram de vir para a escola quando não se viram mais obrigados a freqüentar as aulas.
Considerações Finais
O contato com a realidade docente é de extrema relevância para o futuro professor enquanto aluno. A partir de então, as reflexões sobre o ato de ensinar se tornam mais tangíveis. Optar ou não pela continuidade da prática pedagógica passa a ser um ato de extrema responsabilidade. Pois o professor que não se empenha na sua atividade, que optou pela profissão apenas por falta de opção, provavelmente não terá êxito pessoal e, mais grave ainda, talvez consiga prejudicar vários alunos que sofrerão pela falta de empenho do professor. A prática pedagógica, que hoje é cobrada no final dos cursos de licenciatura, deveria ser antecipada, repensada e associada às outras disciplinas dos cursos de licenciatura.
Minha experiência com a prática foi enriquecedora, tive que enfrentar vários contratempos iniciais, porém nada que extinguisse a vontade de dar prosseguimento ao estágio. Nessa etapa da disciplina de Prática de Ensino de História, percebi que estava mais madura para fazer minhas avaliações acerca do estágio. Pois, participar das aulas como expectadora é muito diferente de participar das aulas como ser atuante. Se hoje houvesse a necessidade de refazer o meu primeiro relatório, tenho quase certeza de que mudaria alguns relatos.
Anexos
§ Anexo 01 - Conteúdo programático de História da 2ª série do Ensino Médio
I – Unidade
- O Mercantilismo e o Absolutismo
Caracterização geral do absolutismo, práticas e teorias mercantilistas, mercantilismo e o antigo sistema colonial.
- A Expansão Marítima e Comercial Européia
A crise do feudalismo a partir do século XIII e a expansão marítima e comercial.
- As Comunidades Indígenas Antes da Chegada dos Europeus
As principais culturas pré-coloniais da América (astecas, maias e incas). A diversidade cultural dos povos que habitavam o atual Brasil. A influência das culturas indígenas nas tradições brasileiras.
II – Unidade
- O Renascimento Cultural e Científico
Humanismo e Renascimento/críticas ao pensamento medieval.
As reformas religiosas do séc. XVII.
- A Ocupação da América pelos Europeus
Colonização Inglesa, Colonização Espanhola, Colonização Portuguesa e Holandesa.
III – Unidade
- O Iluminismo e o Liberalismo
O Iluminismo e a construção da modernidade. A crítica ao absolutismo. A crítica ao Mercantilismo: a Fisiocracia e o Liberalismo.
A Revolução Industrial inglesa e suas pré-condições. O capitalismo industrial na Europa: os exemplos da França e da Alemanha.
A Independência das 13 colônias inglesas na América. A Revolução Francesa. A Revolução Inglesa.
IV – Unidade
- O Processo de Independência do Brasil
O contexto sociocultural e as conjurações do século XVIII. A Corte portuguesa no Brasil: o Reino Unido e a Revolução Republicana (Pernambucana) de 1817.
- O processo de independência da América espanhola
Os exemplos do Prata, da Nova Espanha e do Peru.
A montagem do Estado Imperial. A Confederação do Equador em Pernambuco. O Período Regencial e as ameaças à unidade imperial. O Segundo Reinado e a consolidação do Estado Imperial. A Revolução Praieira. O advento da lavoura cafeeira e a reafirmação do escravismo.
§ Anexo 02 – Primeiro Plano de Aula + Ficha de Avaliação da Regência
Tema: A vinda da Corte portuguesa para o Brasil
Tempo: 2 horas-aula/ 1h 20 min.
Data: 08/nov./2010
· Objetivo:
Fazer com que os alunos compreendam que a vinda da família real para o Brasil não foi algo inusitado, muito pelo contrário, foi a alternativa mais inteligente que D. João VI encontrou frente à pressão exercida pela Inglaterra e por Napoleão Bonaparte.
· Estratégia:
Aula expositiva.
· Cronograma:
ü 10 min. – Tolerância de tempo para iniciar a aula.
ü 05 min. – Chamada.
ü 35 min. – Exposição do assunto.
ü Tempo restante - Retomada da aula; fichamento dos pontos principais; e, esclarecimento das possíveis dúvidas.
· Conteúdo:
· Traçar uma linha do tempo no quadro, para situar os alunos e facilitar a aprendizagem.
ü meados da segunda metade do século XVIII – Revolução Industrial.
ü 1789 – Revolução Francesa.
ü 1806 – Bloqueio Continental (isolar as ilhas britânicas).
ü 29 nov. 1807 – Fuga da família real para o Brasil.
ü 1808 – Chegada da família real no Brasil.
· A FUGA
ü Fazer um comparativo da “fuga” com os tempos atuais.
ü As possibilidades/alternativas que Portugal possuía na época.
ü Comentar a situação de Portugal.
ü Comentar que a fuga já havia sido cogitada antes.
· O PLANO
ü A figura de Napoleão Bonaparte e sua postura contraditória aos princípios da Revolução Francesa (defesa dos direitos individuais e da propriedade privada).
ü A personalidade do Príncipe Regente D. João VI.
ü A postura (ou falta de postura) de D. João VI.
· A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL
ü A viagem.
ü O que a chegada da família real acarretou para o Brasil.
§ Anexo 03 – Segundo Plano de Aula + Ficha de Avaliação da Regência
Tema: A República Pernambucana
Tempo: 2 horas-aula/ 1h 20 min.
Data: 16/nov./2010
· Objetivo:
Fazer com que os alunos tenham uma noção da república pernambucana prestes à eclosão da Revolução Pernambucana de 1817.
· Estratégia:
Leitura pausada e comentada do texto.
· Cronograma:
ü 10 min. – Tolerância de tempo para iniciar a aula.
ü 05 min. – Chamada.
ü Tempo restante – Leitura pausada e comentada do texto; questionamentos sobre o texto, para ver se os alunos entenderam as idéias principais; esclarecimento das possíveis dúvidas.
· Conteúdo:
Texto.
Referência: GOMES, Laurentino. 1808: A república pernambucana. São Paulo: Planeta, 2007.
§ Anexo 04 – Terceiro Plano de Aula + Ficha de Avaliação da Regência
Tema: Primeiro Reinado /A Constituição de 1824 e a Confederação do Equador (1824)
Tempo: 2 horas-aula/ 1h 20 min.
Data: 22/nov./2010
· Objetivo:
Prestar esclarecimentos sobre a primeira Carta Magna do Brasil e a “independência”.
· Estratégia:
Leitura/debate de alguns trechos da Constituição de 1824; aula expositiva.
· Cronograma:
ü 10 min. – Tolerância de tempo para iniciar a aula.
ü 05 min. – Chamada.
ü 10 min. – Anotar os tópicos principais da aula no quadro.
ü Tempo restante – Discussão de alguns pontos da Constituição de 1824; apresentação da aula; esclarecimento das possíveis dúvidas.
· Observação:
Neste dia, pedi o primeiro exercício da turma, no qual eles teriam que pesquisar pelo menos quatro movimentos liberais ocorridos no período monárquico no Brasil. A data limite de entrega seria a mesma data marcada para a avaliação, que ocorreu no dia 06/dez./2010.
· Conteúdo:
· Texto com trechos da Constituição de 1824.
ü Constituição para quê?
ü Quem participa da elaboração.
ü Dissolução da Assembléia Constituinte em 1823.
ü Constituição de 1824.
o Organizada, pois discrimina o papel de cada poder (Executivo, Judiciário, Legislativo e Moderador).
o Excluía os escravos, os analfabetos, os índios, as mulheres, os menores de 25 anos, os pobres em geral;
o O Poder Moderador;
o Breve comparação com a Constituição dos Estados Unidos.
ü Confederação do Equador (1824)
o Origem do nome (proximidade com a Linha do Equador)
o Formação: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
o Objetivo: Criar uma confederação.
o Motivo: Insatisfação da população com a postura autoritária de D. Pedro I e das condições gerais do país.
§ Anexo 05 – Quarto Plano de Aula + Ficha de Avaliação da Regência
Tema: Segundo Reinado
Tempo: 2 horas-aula/ 1h 20 min.
Data: 29/nov./2010
· Objetivo:
Fazer uma explanação geral do período monárquico focando, principalmente, o Segundo Reinado e a questão da escravidão.
· Estratégia:
Aula expositiva.
ü Retomar a aula anterior e dar continuidade ao período monárquico no Brasil.
· Cronograma:
ü 10 min. – Tolerância de tempo para iniciar a aula.
ü 05 min. – Chamada.
ü 10 min. – Anotar os tópicos principais da aula no quadro.
ü Tempo restante – Aula expositiva. Esclarecimentos sobre as possíveis dúvidas.
· Conteúdo:
ü Primeiro Reinado (1822-1831)
o Constituição de 1824.
o Confederação do Equador (1824).
o Guerra Cisplatina (1825-1828) – Brasil e Argentina.
o Crise do Primeiro Reinado e abdicação de D. Pedro I.
ü Período Regencial (1831-1840)
o Período de muitas ameaças à unidade imperial (aproveitar o momento para reforçar a importância do exercício pedido na aula anterior).
o Golpe da Maioridade.
ü Segundo Reinado (1840-1889)
o Período de paz aparente.
o A situação social não teve muitos avanços (persistência da pobreza e do analfabetismo).
o O Brasil ganha prestígio internacional devido ao comércio do café.
o Situação da elite do café.
o Situação interna – pressão para manter o regime escravista.
o Situação externa – pressão para erradicar a escravidão.
o A questão da escravidão
v 1850 – Lei Eusébio de Queiroz – proibia o tráfico negreiro no Brasil.
v 1871 – Lei do Ventre Livre – os filhos dos escravos são considerados livres, devendo os proprietários criá-los até os oito anos.
v 1885- Lei do Sexagenário – o escravo estaria liberto aos 65 anos.
v 13 de maio de 1888 – Lei Áurea – liberta todos os escravos
o Fazer uma análise crítica sobre as Leis acima e a situação dos libertos.
o Fim do período monárquico.
§ Anexo 06 – Quinto Plano de Aula + Ficha de Avaliação da Regência
Tema: Revisão
Tempo: 2 horas-aula/ 1h 20 min.
Data: 30 /nov./2010
· Objetivo:
Esclarecer os conteúdos da prova da unidade.
· Estratégia:
Aula aberta.
ü Esclarecer dúvidas.
ü Deixar claro o que irá ser cobrado na avaliação.
ü Levar novamente os textos da avaliação.
· Cronograma:
Aula sem cronograma.
· Conteúdo: Todo o conteúdo anterior.
§ Anexo 07 - Avaliação da IV Unidade
E.R.E.M. Ginásio Pernambucano
Matéria: História
Professor: João Alves Bezerra
Estagiária: Raquel Barbosa Lopes
Turma: 2º J
Aluno/ Aluna:
Data: 06/12/2010
Avaliação da IV unidade
1. Na manhã do dia 29 de novembro de 1807, o príncipe regente D. João VI e toda a corte portuguesa estavam “fugindo” para o Brasil sob a proteção da Marinha britânica. O que leva D. João VI a tomar tal atitude?
2. Atribua o conceito verdadeiro (V) ou falso (F) às assertivas abaixo acerca da Revolução Pernambucana de 1817:
( ) “A revolução estourou em Pernambuco, mas refletia o descontentamento de todas as províncias com os aumentos de impostos para financiar as despesas da corte portuguesa no Rio de Janeiro”. (GOMES, Laurentino. 1808. São Paulo: Planeta, 2007. p. 252.).
( ) Não houve nenhuma influência das idéias liberais francesas e americanas nesta revolução.
( ) Os revolucionários conseguem ultrapassar a fase conspiratória e implantam um governo republicano que durou de 6 de março até 20 de maio de 1817.
( ) A coroa portuguesa não deu muita importância ao movimento e nem se preocupou em agir de forma punitiva.
3. Em 1822, o Brasil se torna independente de Portugal. Em 1823, D. Pedro I, (filho de D. João VI) veta a proposta oferecida pela Assembléia Constituinte, que havia sido criada para discutir e elaborar a primeira Carta Magna do Brasil. Dissolvida a Assembléia, o imperador outorgou a Constituição de 1824. Assinale a alternativa errada sobre as características desta Constituição:
a) Foi uma Constituição organizada que discriminava a função de cada poder (Executivo, Legislativo, Judiciário e Poder Moderador).
b) Excluía os menores de 25 anos, os escravos, os analfabetos, as mulheres, os mulatos, os índios e os pobres em geral.
c) Todos os poderes interagiam entre si, sem que nenhum deles se sobressaísse ao outro.
d) O Poder Moderador era exercido unicamente pela figura do imperador, que possuía autonomia para desfazer e anular as decisões tomadas pelos outros poderes.
ESCOLHA UMA DAS QUESTÕES ABAIXO:
4. No Segundo Reinado (1831-1889), após uma fase marcada por várias rebeliões, D. Pedro II governou o Brasil com aparente paz interna. Neste período, o Brasil ganha prestígio internacional devido à produção cafeeira. Além disso, o Brasil, a partir de 1850, promove uma série de “leis para inglês ver” (Lei Eusébio de Queiroz – 1850; Lei do Ventre livre – 1871; Lei do Sexagenário – 1885) na tentativa de solucionar o fim da escravatura. Explique o que significavam estas leis e analise por que era tão difícil dar um fim na escravidão?
5. Faça uma comparação entre a mão-de-obra escrava e a mão-de-obra assalariada dos imigrantes na época do Segundo Reinado.
BOA PROVA!!!